domingo

"Uma Mulher silenciosa é um dom do Senhor"- parte II; saga do fim de semana

Foi o que me valeu para sobreviver a este fim de semana! Pensar que recusei terminantemente esta liturgia na missa do nosso casamento! Mas a vida tem me ensinado muita coisa e a vida a dois há mais de 22 anos também. Quanta discussão se evita! Mas ainda tenho muito que treinar! Está-me no sangue dizer tudo o que penso, caracteristica  presente, de uma forma dominante, nos genes da família e provavelmente no cromossoma X!

Retomando a escrita de ontem.
Acreditem que ELE fez 30km até ao escritório convencido que estava lá o voucher e mais 30 de regresso a casa, mas de mãos a abanar! Finalmente encontrou-o...em casa!
Dada o avançado da hora questionei-me se valia apena fazer kms, massacrando as minhas recentes costuras, que me transformaram num verdadeiro Frankenstein interior. Mas a Madalena conseguiu convencer-me "Pelo menos vê o pôr do sol!".
Continuaram as peripécias! Afinal a marcação não era para a "Cerca do sul" mas para o "Brejo da Amada" , não era um Bungalow (como dizia no email da marcação), mas um corredor de quartos em madeira, com um alpendre comum. Não havia ninguém para nos receber, os copos eram inexistentes, sem indicação se a água era potável, sabonetes nem vê-los, poliban para gnomos da floresta e nada para comer!
Numa tentativa de  dar tréguas aos nossos estômago famintos, decidimos que, apesar de massacrados, o melhor seria fazer mais uns quantos kms por terra batida.
Fomos até à praia do Carvalhal, onde comemos muito bem e pensei "Finalmente as coisas estão a compor-se!". Foi então que resolvi tirar umas fotografias mas não estava destinado a correr bem, as duas baterias estavam praticamente descarregadas! Solucionei o problema com a "memória fotográfica", o que não vai ser difícil com tantos percalços, imprevistos e inesperados.
 No regresso fomos às compras para um piquenique no alpendre, mas calharam-nos uns vizinhos que foram a "cereja no topo do bolo".  Toda a noite ouvi a "família feliz". Mãe e filha cantavam todo o reportório das canções do Jardim Escola João de Deus, o "já fui ao Brasil....", que o Pai também cantava, a filha ensaiava gritando "Feliz dia da mãe" em variadíssimas entoações, o pai ouvia o relato do Benfica e só perto das 23h resolveram dormir, passando a música de fundo a ser o roncar de um deles que mais parecia estarmos a dormir junto a um comboio!

Como o texto já vai longo, deixo-vos com o pobre registo fotográfico que consegui!
a nossa casa era a 2ª a contar da ponta

 a papoila branca brindou-me com umas sementes, vamos ver se pegam!


passeio solitário, preparação para o "retiro espiritual"

Serra da Arrábida como pano de fundo

o anel oferecido pelas minhas filhas e amigas que se tornou a minha "imagem de marca":)
 Não posso deixar de partilhar o conselho da minha filha, quando à noite lhe telefonei para descrever o nosso dia "Mãe, considere essa sua experiência um retiro espiritual". E tentando o fazer, "dormi" com a janela totalmente aberta para ver o amanhecer. Acordei com o sol sorrindo-me, o que me  deu esperança para um dia bem vivido. Quando o sol já estava a uns metros de uns fetos altos e lindíssimos, mesmo em frente ao nosso quarto, vesti qualquer coisa por cima do pijama e fui observar os pássaros e ao som dos seus cânticos tricotei. Sabem por quanto tempo tive sossego?! 4 carreiras de malha, é a minha nova medida de tempo! Decidi  ir tomar um pobre pequeno almoço mas na companhia muito rica de uma mãe e de uma filha, que está a trabalhar em comunicação social em Madrid, tendo ficado com o contacto dela para a minha Inês.
 "Vale sempre a pena se a alma não é pequena". E tivemos sorte com o tempo, a chuva e os dias tristonhos deram-nos tréguas ;)

(nota: estou só à espera de uma desculpa e de ter uma conversa com a Trupe canina, para arranjar um gato!)

Vou agora festejar o "Dia da mãe";)  Felicidades para todas as mães!
planeta tangerina

Para todos os filhos que me lerem:
planeta tangerina

1 comentário:

Naná disse...

Que saga mesmo!

Beijinhos