sexta-feira

Palavras de uma tricotadeira amadora

Sou uma amadora*no que diz respeito a todos os trabalhos de mãos, como tal tricoto por gosto e não por profissão. Cedo peguei nas agulhas de tricot, tendo por professora a minha Mãe. Lembro-me de ter tricotado uma camisola, talvez com 12/13 anos, mas que pouco vesti! Não era muito amiga das agulhas de tricot. Durante a gravidez dos meus filhos obriguei-me a tricotar pelo menos uma peça para cada um, mas como disse, obriguei-me! Há dois anos, desafiada por outras bloggers, resolvi tentar uma vez mais o tricot, tudo porque me vi presa em casa a fazer recuperação de uma cirurgia. Na altura procurei conselhos com tricotadeiras nas quais reconheço valor. Uma delas foi a Cristina, que me aconselhou um livro que me viria a ajudar a dar os primeiros passos e que agora guardo na minha cesta do tricot, para o ter sempre à mão.
Adquiri o livro na Amazon
 A leitura e interpretação dos pontos estava facilitada com este livro. De facto tenho um livro muito bom da minha mãe, mas em português.
 Não sabendo eu o significado de termos, como por exemplo, malha acavalada, não conseguia entender grande parte das explicações. Então como consegui com instruções em inglês?! Fácil, consultando vídeos dos quais destaco os da Very Pink e da Drops.  Por exemplo, perante a leitura de ssk ou k2tog tirava a dúvida  colocando, exactamente o que encontrava nas instruções, no youtube e surgiam imensos vídeos explicativos. 
Consultando unicamente os vídeos da Very Pink, consegui tricotar esta peça em entrelac, para uma mala!
Tricotei também este xaile, seguindo este vídeo.
 A drops também tem uma infinidade de propostas de modelos!
 Mais tarde, já depois de ter aprendido a ler tricot em inglês, encontrei vídeos da Nionoi, em português, que também me deu aulas particulares na ComTradição, tirando-me algumas dúvidas e tendo-me ensinado a começar um xaile seguindo a técnica garter e a tricotar meias com 5 agulhas. No projecto das meias as dicas que encontrei no livro "Malhas Portuguesas", da Rosa Pomar, foram uma excelente ajuda e aproveito para salientar que é um livro com projectos lindos! Espero um dia conseguir ter tempo e habilidade para os tricotar todos! Do livro da Rosa Pomar, comecei por tricotar "Rendas por Música".
O que foi decisivo nesta minha aprendizagem foi a ajuda da Ana Paula que me deu um conselho precioso, investir numas boas agulhas. As agulhas fizeram toda a diferença! Se tivesse retomado o tricot com as agulhas da minha mãe, certamente teria desistido novamente. As agulhas circulares tornam tudo mais fácil e as de madeira tornam qualquer momento de tricot, num momento zen!
imagem da net
A pouco e pouco, tenho feito progressos consideráveis, graças aos conselhos que me deram nos primeiros passos no mundo viciante e irresistível do tricot. Por último, e seguindo mais um conselho da Cristina, criei a minha conta no Ravelry, onde faço as minhas pesquisas de modelos e arquivo os trabalhos que vou tricotando, anotando sempre dicas importantes e os vídeos que consultei.
De momento estou a tricotar uma Gola, da Purl Bee, site que recomendo vivamente e que tem fotografias explicativas, de grande qualidade.
A conversa já vai longa, mas penso que com o meu amadorismo*, e descrevendo estes meus passos, posso ajudar alguém que por aqui passe, tal como me ajudaram. 
Só para terminar, durante a minha recuperação, tinha decidido tricotar por dia, um quadrado da "Manta Terapêutica". Os prisioneiros fazem a sua contagem decrescente riscando traços na parede, eu faria a minha contagem decrescente, contando os quadrados tricotados.


  Dada a estação do ano, cometi um erro de principiante, escolhi fio de algodão em vez de lã e depressa me apercebi que não ia resultar, o que confirmei com a Cristina, que pacientemente tricotou um quadrado com lã e me enviou para eu ver a diferença. Com o meu erro aprendi como é importante a escolha do fio nos projectos de tricot! Na altura o facebook, aproximou-me de tricotadeiras que prontamente me ajudaram, por isso o facebook não tem só lados negativos, há que saber usá-lo devidamente! Estes quadrados foram "reciclados" e transformados em toalhetes.

 Estou a pensar tricotar a manta e quando o fizer, partilharei aqui o meu W.I.P!
Vou regressar às minhas agulhas! Se precisarem de mais alguma dica é só perguntar nos "comentários".
imagem da net
*Amadora = O que, por gosto e não por profissão, exerce qualquer ofício ou arte.
"amadora", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/amadora [consultado em 16-01-2015].

8 comentários:

Unknown disse...

feliz tricot!!!!

Sofia Amaral M. disse...

Obrigada, Filomena.
Bom fim-de-semana

Paula disse...

Gostei de tudo mas adorei a ideia da manta terapêutica que não conhecia!

Tiane disse...

Agora tenho esperança de aprender a tricotar! Obrigada!T

Sofia Amaral M. disse...

Além da Nionoi, recomendo as aulas na Dotquilt, em Lisboa;
Na Malhas & Cpa, na Parede;
Na Ovelha Negra, no Porto.
Para mais informações, deixe aqui o seu comentário.
Obrigada.
Sofia

Elsa disse...

Muito obrigado pela partilha!

méri disse...

Pois, as agulhas... Não sei se terei novamente coragem para o tricot (só se for para ensinar a(s) neta(s).
Fui ao site que indica das knitpro, mas quais?? de madeira?

Sofia Amaral M. disse...

Méri,as que eu gosto mais são as de madeira. Aí no Porto a Ovelha Negra saberá ajudar na melhor escolha e talvez até tenham para experimentar. Também gostei de tricotar com umas pretas "de carbono", da Knitpro, mas é porque me dou mal com reflexos de luz nas agulhas de metal. Para tricotar meias e luvas utilizo agulhas de 2 pontas e nos restantes trabalhos agulhas circulares e assim não tenho problemas nas cervicais e braços! Bjns e boa semana espero ter ajudado!!